quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Medicamentos vão ter selo contra falsificação


A partir de 2011, as caixas de medicamentos terão um selo de segurança para combater a falsificação e contrabando dos produtos. A autenticidade poderá ser verificada por meio de um equipamento de leitura ótica que deverá ser instalado em todas as farmácias e drogarias do país também no ano que vem. A medida foi anunciada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diante do aumento da apreensão de medicamentos falsificados ou contrabandeados. Só em 2010, de janeiro a setembro, foram encontrados 53.575 produtos nessa situação.


A implantação do selo de autenticidade será gradual: começará no ano que vem e terminará em 2012. A ideia é que cada caixa de medicamento tenha um número único, que permitirá que ela seja rastreada pelos órgãos de fiscalização.


As máquinas de leitura ótica serão fornecidas às farmácias e drogarias pela Casa da Moeda. Já o selo custará pelo menos R$ 0,07 por unidade, sem contar os impostos estaduais. Ainda assim, o presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, disse que não serão permitidos aumentos nos preços dos medicamentos por causa disso.


Números

A Anvisa divulgou ontem que 53.575 medicamentos falsificados e contrabandeados foram apreendidos entre janeiro e agosto deste ano em todo o país, além de 62,9 toneladas de remédios sem registro. Em 2009, foram feitas 53.535 apreensões de produtos falsificados e contrabandeados. Também foram retidas 235 toneladas de medicamentos sem registro. De acordo com o chefe de Inteligência da Anvisa, Adílson Bezerra, o problema, que é sério, deve ser encarado como de saúde pública. Segundo ele, a venda de remédios controlados também aumentou.

"A falsificação de medicamentos migrou para dentro das drogarias e farmácias. Quando entra, o consumidor não sabe que está comprando um produto falsificado, corrompido, contrabandeado, sem registro. Temos que combater esse tipo de delito'', afirmou.


Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, o número de apreensões registrado este ano é alto mas representa a capacidade de equipes do próprio órgão e da Receita Federal de se articular e realizar o combate ao mercado paralelo de medicamentos. "A mensagem mais importante é que as autoridades sanitárias e de combate à falsificação estão unidas, trabalhando há anos e introduzindo mecanismos para assegurar a qualidade de produtos. Não é um problema só no Brasil'', disse, ao se referir a países europeus e aos Estados Unidos.


Entre 2007 e 2010, as operações realizadas passaram de 135 para 526, com um total de 2 mil locais inspecionados e 38% deles interditados. As principais apreensões incluem 237 mil caixas de medicamentos controlados. Este ano, 20 mil comprimidos hospitalares foram desviados do Sistema Único de Saúde (SUS) e localizados posteriormente.

Fonte:

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1054848&tit=Medicamentos-vao-ter-selo-contra-falsificacao


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