A pesquisa inédita da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que revelou um importante gene de predisposição ao vitiligo, conquistou o 1º lugar na categoria Teses e Dissertações da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O prêmio foi entregue na última terça-feira (7), no Rio de Janeiro, durante o 65º Congresso Brasileiro de Dermatologia. Dez trabalhos concorriam ao prêmio.
Desenvolvida pelo médico dermatologista da Santa Casa de Curitiba Caio César Silva de Castro, com orientação do geneticista e professor da PUCPR Marcelo Távora Mira (professor do curso de Farmacia) , a pesquisa descobriu que os marcadores do gene DDR1 estão associados ao vitiligo, doença crônica que incide em 1% da população e é caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas em todo o corpo. O gene DDR1 é considerado um dos mais importantes por ser responsável pela adesão do melanócito na camada basal da epiderme. Desta forma, um defeito nesse gene poderia colaborar para o desaparecimento dos melanócitos, ocasionando o vitiligo.
O estudo utilizou duas amostras populacionais brasileiras independentes, de desenho distinto, nos estados do Paraná e Santa Catarina. Todos os 639 indivíduos tiveram seu sangue coletado e DNA extraído por precipitação seletiva. Os resultados mostraram, pela primeira vez, a evidência de associação entre marcadores do gene DDR1 e vitiligo.
A pesquisa realizada pela PUCPR contou com a colaboração de pesquisadores suíços da Roche e já foi apresentada no encontro anual da American Society for Human Genetics, o mais importante evento de genética no mundo, que foi realizado em outubro de 2009, no Hawaii. A pesquisa também ganhou destaque internacional com a publicação no prestigioso Journal of Investigative Dermatology, a mais importante publicação do mundo na especialidade.
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